segunda-feira, 4 de outubro de 2010

quem és?

dava milhões para te voltar a ter como te tive durante umas semanas! fazias com que os meus olhos brilhassem tanto que poderia mesmo alcançar o brilho exaustivo do Sol, a minha barriga parecia que era um ser aparte de mim, mexia-se tanto e de uma forma tão irregular...
acordava e tu já estavas ao meu lado a ver-me dormir com a máxima atenção do mundo, levantava-me e tu já estavas em pé para me ajudares a andar, estavas sempre a um passo à frente de mim, sabias quase sempre o que vinha depois, e depois, e raras eram as vezes em que o teu instinto te atraiçoava! contudo e numa manhã bem diferente de todas as outras, quando acordei e olhei para o lado e tu não estavas lá, tentei-me levantar e começar a andar e acabei no chão. por um lado, queria-me voltar a deitar e adormecer há espera que tu voltasses, mas por outro sentia uma grande necessidade de tentar explicar a mim própria o que te fez sair mais cedo da cama naquela manhã. Escolhi a primeira opção, mas antes de me deitar fiz questão de me aconchegar a alguma coisa que ali estava e de esfregar bem os olhos para que se quando acordasse e tu estivesses ali, a imagem me parecesse ainda mais nítida do que aquilo que na verdade era.
dormir durante cerca de cinco horas, e nesses momentos sonhei contigo desde que fechei os olhos até que os abri, imaginei sítios por onde passamos e sentimentos que exprimimos um pelo outro de forma tão sincera... mas, quando acordei e olhei para o meu lado direito apercebi-me que desde inicio era um sonho e que eu nunca tinha caído ao chão, nem que nunca tu tinhas planeado o nosso dia em prol do meu sentido de humor, em vez disso tinha um espaço vazio na cama como se em tempos tivesse sido ocupado por alguém, mas que naquele instante estava a ser ocupado pelo meu telemóvel com uma mensagem aberta tua que dizia uma conjugação de palavras bonitas (a qual teria sido enviada a cerca de quinze dias).
perante aquela situação, fui a janela e já nem o Sol brilhava como o fizera todas as manhãs, gritei pelo teu nome e apenas uma voz do outro lado do corredor me respondeu dizendo "quem chamas tu, Ariana?!"

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