domingo, 11 de julho de 2010

o que és?

que espécie de pessoa és tu, a quem me entrego de corpo e alma, no qual me baseio para atingir objectivos? que tipo de relação tens tu comigo, para eu viver tão dependente dos teus olhos? o que queres tu de mim quando me abandonas e me deixas a chorar num beco sem saída? precisas de mim? algum dia me disseste algo que não me fizesse duvidar? foste verdadeiro até ao ponto de me amar como se mais nada houvesse, como o dizias? as lágrimas das quais falavas eram, de facto, reais? tenho medo e não consigo confiar em ninguém, porque tenho receio que voltem a fazer o que tu, um dia, me fizeste! o que dizer mais? sabes que ainda sofro por ti e por este tão inequívoco passado!
não te peço para me deixares, porque tu já tratas-te de o fazer... mas mesmo que não o tivesses feito, eu ir-te-ia pedir para o fazeres, porque existem situações e factos que não mudam nem que se superam com o tempo, e sei que muitas asneiras já fiz, mas tu também as fizeste! e agora? de quem é a culpa? quem vai arcar com as consequências? os próximos que aí vêm merecem que o façamos? ou devemos nós arcar com as consequências dos nossos actos e lutar contra esta mesquinhice que, perante esta insolente vida nos conduz diariamente? somos pessoas, ou animais irracionais? de uma coisa tenho a certeza, muitas vezes eles conseguem pensar mais do que qualquer um de nós, os chamados "seres pensantes"...
és estranho, duro, és cruel como o destino para o qual estamos a ser conduzidos devido aos nossos maléficos actos...
fria? nunca o fui... talvez, um pouco realista... ou talvez seja o meu fluido circulante, no qual foram implantados pedacinhos de sangue de um grande escritor verídico, a falar mais alto!
os sonhos não se desfazem, nós é que não somos capazes de olhar para eles como os nossos melhores amigos, com os quais queremos passar o resto da nossa vida!

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